sábado, 11 de maio de 2024

Tardes de afeto

Um homem cinquentenário e uma mulher nonagenária. Ele, rude e ignorante. Ela, doce e intelectual. Os dois mostram que uma amizade improvável não é impossível. Minhas tardes com Margueritte, de  Jean Becker, inspirado na obra de Marie-Sabine Roger, conta a bela história de German (Gérard Depardieu) e Margueritte (Gisèle Casadesus).

De um encontro em uma praça, surge uma amizade que muito facilmente viraria clichê, não fosse o talento da tríade atriz, ator e diretor. O elo dos encontros é a literatura. Apesar de sua rudeza, German abre seu coração para o mundo desconhecido das letras e se encanta pela obra que a nova amiga lhe apresenta. Em troca, ela ganha mais que uma simples companhia para suas tardes solitárias, um amigo.

Além dessa amizade, conhecemos os dramas familiares de ambos: German nunca conheceu o pai e vive uma relação conturbada com a mãe. Margueritte mora em um lar de idosos e só recebe esporadicamente a visita de um sobrinho que vive em outro país.

Assim como na vida, o filme mostra alegrias e tristezas, belezas e horrores e tantas outras dualidades que fazem parte da nossa condição humana. O que mais impressiona é como uma temática simples, que não exige um desempenho extraordinário dos atores, seja tão fácil de cair nos nossos braços e impossível de cair no nosso esquecimento: uma obra prima.


sexta-feira, 3 de maio de 2024

 Um pai muito brincalhão deu duas opções pro filho de 9 anos: comer um chocolate antes do almoço ou dois após a refeição.

O menino analisou a situação e, para orgulho do pai, escolheu a segunda opção. Disse que o professor de empreendedorismo tinha ensinado umas estratégias comerciais.

Quando ele saiu, o pai foi lá e comeu os dois chocolates.

Questionado pelo menino, o pai explicou que ele precisava desde cedo estar preparado para a volatilidade do mercado.

Contado por: Guilherme Diamante

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Precisamos falar sobre bullying

Muitas palavras do nosso vocabulário que foram emprestadas da língua inglesa remetem a ideias positivas e agradáveis. Hot dog, happy hour e high-tech são alguns exemplos. Mas tem uma palavra de origem estrangeira que, embora tenha se tornado muito comum para todos nós, significa algo negativo, que precisa ser combatido em nossa sociedade. Essa palavra é bullying.

Em inglês, esse substantivo vem do verbo bully, que significa "intimidar", "ameaçar". Bullying se refere a atitudes de violência física ou psicológica, intimidações, humilhações e ameaças contra alguém.

Sabe quando as crianças dão um apelido para um colega e insistem em chamá-lo assim, mesmo que ele não goste? Então, isso não é diversão. Isso é uma agressão, que pode fazer esse colega se sentir triste, humilhado e até provocar traumas nele. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com atitudes ofensivas que são "disfarçadas" de brincadeiras.

O bullying pode acontecer de muitas formas. Por exemplo, quando o agressor tenta ridicularizar alguém na frente de outros, fazendo essa pessoa se sentir envergonhada ou desconfortável. Quando tenta difamar alguém, espalhando boatos e fofocas sobre essa pessoa com a finalidade de causar mal a ela. Quando há violência física, como empurrões, beliscões, arranhões, socos, chutes ou qualquer ação que tenha a finalidade de machucar aquela pessoa.

Além disso, outro aspecto do bullying que tem trazido preocupação é aquele que ocorre no meio virtual, por meio de ofensas e intimidações publicadas na internet, em redes sociais ou enviadas por mensagens de texto em aplicativos. Esse tipo de agressão é chamado cyberbullying. E é uma prática que tem aumentado muito, já que é uma forma do agressor se esconder por trás de um perfil, que pode até ter sido criado apenas com esse objetivo.

Seja qual for a maneira como essas agressões acontecem, é importante saber que o bullying traz graves consequências para as vítimas e, por isso, precisa ser combatido. Como professora e coordenadora pedagógica, eu já acompanhei diversos casos de crianças fisicamente e emocionalmente machucadas por atitudes como essas. É muito triste ver isso acontecendo.

Acredito que a sociedade precisa parar de associar essas atitudes violentas a "brincadeiras" e "piadinhas" sem relevância, porque, ao contrário disso, o bullying é um assunto sério que precisa ser discutido e compreendido por todos.

Todos nós somos responsáveis por combatê-lo. Em minha opinião, podemos iniciar as mudanças nos solidarizando com as vítimas dessas atitudes e tentando ajudá-las. Outra sugestão é que todo cidadão ao ver alguém sendo agredido (seja de forma física ou verbal), ridicularizado ou exposto de forma ofensiva, humilhante, denuncie essa agressão para alguém que possa intervir e proteger essa pessoa. Não podemos ficar calados diante de injustiças e maldades.

O modo mais simples de construirmos uma sociedade melhor para todos é nos lembrarmos de tratar as outras pessoas da maneira como gostaríamos de ser tratados. Então, vamos colocar isso em prática?


Escrito por: Guilherme Santos

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Anedota

Na sala de aula, durante uma prova oral, a professora chamou um aluno e pediu que ele explicasse, com suas palavras, o que é uma ilha.

O aluno se levantou e respondeu:

- Uma ilha é um pedaço de terra com água em todos os lados, menos um.

A professora estranhou e questionou:

- Mas como assim "menos um"? Qual é o lado de uma ilha que não tem água?

E o aluno, cheio de orgulho, explicou:

- Ora, professora! O lado de cima!


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

O primeiro dia

Era uma manhã quente de fevereiro. Mas tinha um friozinho dentro da minha barriga que insistia em gelar. Eu acordei, tomei banho, escovei os dentes, tomei café e fiquei pensando em como meu dia seria diferente.

Eu me lembro direitinho da voz da minha mãe me apressando porque eu ainda estava atrapalhado com tanto material escolar. Ela amarrou os meus tênis e disse que estava tudo ok.

O caminho da escola era agitado. Entre tantos adultos, havia muitas crianças que, como eu, estavam começando o ano escolar naquele dia. Tinha conversas, risos, brincadeiras, mas também tinha choro. Eu arregalava os olhos e a minha mãe passava a mão na minha cabeça e dava uma piscadinha que significava “Tá tudo bem!”.

Depois do beijo de despedida no portão, era só eu. Eu naquele imenso pátio da escola, cheio de crianças. Umas mais velhas, outras mais novas. Algumas professoras nos davam as boas-vindas, outras ajudavam com as mochilas pesadas.

Na sala de aula, não se falava muito, todo mundo era quieto porque tudo era novidade. Depois que todos se apresentaram, a professora Camila nos levou ao pátio para brincar e nos conhecermos melhor.

Lembro bem daquele dia, das brincadeiras e de como nos divertimos com as cantigas “Ciranda, cirandinha”, “A barata diz que tem”, “Marcha soldado” e outras brincadeiras que nos deixavam muito eufóricos, pega-pega, pique-bandeira, cabra-cega, mãe da rua...

Os risos de alegria me acalmaram e eu percebi que minha vida ia ser diferente mesmo e muito mais legal.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Tacobol

Modalidade
Jogos e brincadeiras

Missão
Marcar 24 pontos; cruzar os tacos no chão; contar até 24, sem ser atingido pela bola; e gritar "Vitória!".

Jogadores
4 pessoas (2 duplas)

Materiais

Regras gerais
1. Com o giz, risquem no chão o campo do jogo, que são duas áreas com três círculos interligados. Em cada círculo central, posicionem a casinha (tripés de madeira ou latinhas vazias). As áreas devem ter cerca de 15 passos de distância uma da outra.
2. Formem as duplas e decidam qual inicia com os tacos e qual inicia com a bola.
3. A pontuação é congelada, e os papéis dos jogadores se invertem quando:
• a bola atingir uma casinha e derrubá-la;
• a bola for rebatida para trás três vezes seguidas;
• a bola for rebatida para o alto e, antes de quicar no chão, um adversário conseguir espalmá-la gritando "Vitória!".
• a bola atingir um dos jogadores durante a contagem final.
4. Para pausar o jogo, qualquer jogador pode gritar "Licença!" até três vezes durante a partida.

Regras específicas para os jogadores que estiverem com o taco
1. Posicionem-se um em cada área com a ponta do taco dentro de um dos círculos de base.
2. Protejam a casinha, rebatendo a bola arremessada para longe, evitando que ela vá para trás e para o alto.
3. Enquanto o adversário tenta recuperar a bola, troquem rapidamente de campo, tocando os tacos no centro e contando um ponto a cada troca. Quanto mais distante a bola estiver, mais conseguirão pontuar.
4. Ao atingir 24 pontos, a dupla que estiver com os tacos deve se esforçar para rebater a bola para longe e, com isso, cruzar os tacos no chão, ao centro do campo, correr contando até 24 e gritar "Vitória!".

Regras específicas para os jogadores que estiverem com a bola
1. Posicionem-se atrás de cada casinha.
2. Lancem a bola em direção à casinha que estiver mais distante com o objetivo de derrubá-la.
3. Caso o adversário rebata a bola, recuperem-na o mais rápido possível para evitar que a outra dupla tenha tempo de marcar pontos.
4. Cada vez que a bola for rebatida para trás e cruzar a linha da casinha, gritem "Uma pra trás!" e assim sucessivamente.
5. Fiquem atentos aos tacos dos adversários: quando um taco não estiver com a ponta em um dos círculos de base, derrubem imediatamente qualquer casinha com a bola.
6. Se a bola for rebatida para o alto, antes de quicar no chão, toquem nela com as palmas das mãos e gritem "Vitória!". Com isso, vocês conquistam a posse dos tacos.
7. Na tacada final, vocês têm o tempo da contagem da dupla adversária para atingi-la com a bola e evitar que os adversários vençam o jogo.