domingo, 27 de maio de 2012

O menino sonhador



 

Alberto nasceu em 20 de julho de 1873, no interior de Minas Gerais. Em sua infância começou a sonhar com algo que parecia ser uma maluquice para a sua época: voar.

Morou boa parte de sua infância numa fazenda no interior de São Paulo. Aos sete anos, já vivia bisbilhotando as engenhocas das máquinas agrícolas utilizadas na lavoura. Aos doze, ocupava o lugar do maquinista das locomotivas a vapor que transportavam as colheitas de café.

O menino sonhador não podia ver uma máquina e já desmontava e montava novamente para entender como ela funcionava. Além disso, era um leitor que “devorava” os livros de Júlio Verne, um escritor francês, criador de histórias de viagens à Lua e ao centro da Terra, consideradas impossíveis e malucas naquela época, mas que mexiam com a imaginação do jovem Alberto.

Aos dezenove anos, foi morar em Paris, na França. Lá encantou-se com os balões utilizados para passeio e decidiu criar o seu. Esse foi o primeiro sinal de que seu sonho estava perto de se realizar.

Após muitas experiências, invenções, sucessos, decepções e acidentes, o sonho tornou-se realidade: com pano e madeira, criou o primeiro avião do mundo e batizou-o de 14Bis. Com essa máquina esquisita, aos 33 anos, em Paris, no final do dia 12 de novembro de 1906, diante de uma multidão impressionada, voou 220 metros, durante 21 segundos, a uma velocidade média de 37km/h.

O sonho de Alberto Santos-Dumont tornou a era da aviação uma realidade. Graças a esse sonho, hoje algumas aeronaves podem voar mais de 14 mil km sem interrupções, a mais de 15 mil metros de altura, com mais de 800 passageiros a bordo, além de suportar quase 60 mil quilos no ar e chegar a 950km/h. E esses números não estão nem perto de parar de crescer. 

 

 

Escrito por Marcos R. Morelli