sexta-feira, 31 de maio de 2013

A Serra do Rola-Moça


A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não...


Eles eram do outro lado,
Vieram na vila casar.
E atravessaram a serra,
O noivo com a noiva dele
Cada qual no seu cavalo.


Antes que chegasse a noite
Se lembraram de voltar.
Disseram adeus pra todos
E se puseram de novo
Pelos atalhos da serra
Cada qual no seu cavalo.


Os dois estavam felizes,
Na altura tudo era paz.
Pelos caminhos estreitos
Ele na frente, ela atrás.
E riam. Como eles riam!
Riam até sem razão.


A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não.


As tribos rubras da tarde
Rapidamente fugiam
E apressadas se escondiam
Lá embaixo nos socavões,
Temendo a noite que vinha.


Porém os dois continuavam
Cada qual no seu cavalo,
E riam. Como eles riam!
E os risos também casavam
Com as risadas dos cascalhos,
Que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam,
Buscando o despenhadeiro.


Ali, Fortuna inviolável!
O casco pisara em falso.
Dão noiva e cavalo um salto
Precipitados no abismo.
Nem o baque se escutou.
Faz um silêncio de morte,
Na altura tudo era paz ...
Chicoteado o seu cavalo,
No vão do despenhadeiro
O noivo se despenhou.


E a Serra do Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.
Escrito por Mário de Andrade

Anedotas do Pedrinho



 Pedrinho chega em casa após o primeiro dia de aula e sua mãe, curiosa, lhe pergunta:
— E então, meu filho, aprendeu muito?
— Acho que não, mamãe. Amanhã terei que ir novamente.

Na aula de Ciências, o professor pergunta ao Pedrinho:
— Pedrinho, você sabe me dizer por que o pescoço da girafa é comprido?
— Claro, professor! — responde o garoto — Porque a cabeça dela fica muito longe do corpo.

A professora de natação conclui a aula dizendo:
— Portanto, nadar é um dos melhores exercícios para manter o corpo magro e esbelto.
Pedrinho finaliza:
— Engraçado, professora, eu nunca vi uma baleia magra e esbelta...

Pedrinho chega correndo da rua e, ofegante, pede à mãe:
— Mamãe, você tem um real pra eu dar pro homem que está gritando na rua?
Orgulhosa, a mãe responde:
— Mas é claro que sim, meu filho! Quanta generosidade da sua parte... E o que ele está gritando?
— O-LHA-O-SOR-VE-TE!!!

Depois de uma travessura, Pedrinho fraturou o braço e ficou um tempão com ele engessado. Certo dia perguntou ao médico:
— Doutor, depois que eu tirar esse gesso vou poder tocar piano?
Sorridente, o médico respondeu:
— Claro que sim, garoto!
— Ah, que bom! Porque antes eu não conseguia de jeito nenhum.

Na pescaria, o pai do Pedrinho chega e lhe pergunta baixinho:
— E então, meu filho, este lugar aí está bom pra peixe?
E o Pedrinho sussurra:
— Está excelente! Não consigo convencer nenhum peixe a sair daí por nada.

 
Homenagem ao meu ex-aluno Pedro Miguel Odebrecht Nassif, por deixar as aulas de Português da 5ª série B (turma de 2011) do Colégio Mãe de Deus, em Londrina - PR, muito mais divertidas.


Escrito por Marcos Morelli